VINHO-SAUDADE
Lêda Selma
Gosto de vê-la sempre à deriva...
Vergão, cilada, estrepe, corredeira...
Gosto de seus trajes de ciprestes
e de suas mãos de vento e açucenas.
Se tumba, guarda sonhos putrefeitos;
se acervo, esconde espólio de amores.
Saudade é vinho não envelhecido,
mas entornado em noites de abrolhos.
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